CNU 2: Abstenção foi de 42,8%
Ministério da Gestão divulga balanço do dia de prova do CNU 2025
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) realizou, neste domingo (5/10), coletiva de imprensa para apresentar o balanço do dia de prova do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025).
O evento ocorreu no auditório da Escola Nacional de Administração Pública
(ENAP) e contou com a presença da ministra Esther Dweck, da
presidenta da ENAP, Betânia Lemos, e do diretor de Logística do CPNU, Alexandre
Retamal.
Durante a coletiva, a ministra anunciou o índice de
abstenção desta edição, que ficou em 42,8%, número inferior ao
registrado na primeira edição do concurso, quando 54% dos inscritos não
compareceram.
Dweck destacou que o resultado confirma a expectativa de um menor
número de faltas neste ano e atribuiu a redução à confiança crescente da
população no modelo do CNU. “Essa confiança também vem do fato de que já
foram nomeadas pessoas aprovadas para quase 80% das vagas originárias do CNU
1”, afirmou.
Provas aplicadas em 228 cidades e participação expressiva
O CNU 2025 foi realizado em 228 cidades brasileiras,
reunindo mais de 760 mil inscritos residentes em 4.951 municípios.
Os candidatos concorrem a 3.652 vagas permanentes distribuídas em 32
órgãos da Administração Pública Federal.
Segundo o MGI, a aplicação das provas transcorreu sem
intercorrências significativas, consolidando o modelo como uma iniciativa
de alcance nacional e de grande complexidade logística.
A ministra Esther Dweck ressaltou ainda o simbolismo da
data: as provas foram aplicadas no mesmo dia em que o Brasil celebrou os 37
anos da Constituição Federal de 1988, a chamada “Constituição Cidadã”.
Inclusão e diversidade marcam a segunda edição do CNU
Durante a coletiva, Dweck afirmou que o Concurso Nacional
Unificado já é reconhecido como uma política pública inclusiva, que
tem transformado o perfil do serviço público brasileiro. “O CNU não é uma
política isolada. Ele integra um projeto de mudança e de construção de um
governo comprometido em melhorar a vida da população”, disse.
De acordo com os dados divulgados, 60% dos candidatos são
mulheres, um avanço em relação à primeira edição, quando o percentual era
de 57%. O número de inscritos nas vagas reservadas às cotas
também cresceu de 21,5% para 33,1%, um aumento de dez pontos
percentuais.
A ministra enfatizou que o crescimento reflete a ampliação
do acesso de pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência ao
serviço público federal. “São mais pessoas negras, mais indígenas, mais PCDs e
quilombolas que hoje acreditam que podem fazer parte do serviço público”,
completou.
Operação nacional garantiu a segurança da aplicação das
provas
A realização do CNU 2025 contou com uma operação
integrada de segurança pública, coordenada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp). A estrutura foi montada no Centro Integrado de Comando
e Controle Nacional (CICCN), em Brasília.
A ação envolveu mais de 11 mil agentes de segurança
em todo o país, com a participação da Polícia Federal (PF), Polícia
Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional de Segurança Pública, Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) e forças de segurança estaduais — cada
unidade da federação teve dois representantes no centro de comando.
Segundo Rodney da Silva, diretor de Operações
Integradas e de Inteligência da Senasp/MJSP, a operação exigiu intenso
planejamento. “Nós pudemos passar por um trabalho de planejamento, análise e
gestão de risco de uma operação altamente complexa e que não pode ter erro”,
explicou. Ele destacou ainda que a logística de distribuição e recolhimento das
provas foi executada com rigor, garantindo o sigilo e a integridade do
processo.
Agradecimentos e cooperação interinstitucional
Durante a coletiva, a ministra Esther Dweck agradeceu o
apoio de diversos órgãos que participaram da organização do CNU 2025. O MGI
contou com a colaboração do MJSP, PF, PRF, Força
Nacional, Abin, Advocacia-Geral da União (AGU), Casa Civil,
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e ENAP.
A ministra também reconheceu a mobilização das Polícias
Militar, Civil, do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de todos os estados.
“Foi um esforço coletivo que demonstra a capacidade do Estado brasileiro de
realizar um concurso dessa dimensão com segurança e eficiência”, afirmou.
Ampliação de vagas e continuidade das nomeações
Além da execução da segunda edição do CNU, o governo federal
tem autorizado novas vagas e nomeações para fortalecer o serviço público. Na
última semana, foram autorizadas 2.859 vagas adicionais, sendo 1.699
referentes à primeira edição do CNU e 1.160 a outros concursos
realizados nos últimos dois anos.
Desde 2023, o MGI já autorizou mais de 15 mil vagas
em mais de 70 carreiras federais, reforçando a estratégia de
recomposição do quadro de pessoal da administração pública.
Confiança e fortalecimento do modelo unificado
Ao comentar o balanço, Esther Dweck reiterou que o CNU é
uma política de Estado voltada à democratização do acesso ao serviço
público. Segundo ela, o modelo fortalece a transparência, a eficiência e a
representatividade da administração federal.
A ministra lembrou ainda que o sucesso do CNU 1 teve papel
decisivo na redução da abstenção nesta edição. “Hoje mesmo, no Centro Integrado
de Comando e Controle, estavam na equipe três mulheres que passaram no CNU 1 —
uma do Inep e duas do Ministério da Gestão. Ficamos muito felizes”, disse.
O MGI destacou que o bom desempenho na execução do CNU 2
reforça o compromisso do governo com a modernização da gestão pública e a
ampliação da diversidade no quadro de servidores federais.
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