CNU 2025: Ministra Esther Dweck defende certame permanente
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participou do programa "Bom Dia Ministra", do Canal Gov, para detalhar as novidades e o andamento do Concurso Nacional Unificado (CNU).
Em sua segunda edição, o certame já registrou mais de 100
mil inscritos apenas no primeiro dia, e as inscrições seguem abertas até o
dia 20 de julho.
Com 3.652 vagas distribuídas em 32 órgãos da Administração
Pública Federal, o CNU 2 mantém o objetivo de facilitar o acesso às provas, que
serão aplicadas em 228 cidades, abrangendo todos os estados e o Distrito
Federal.
Um dos focos principais desta edição é a inclusão e a
diversidade no serviço público, visando um quadro de servidores que reflita
a composição regional e étnica do Brasil.
A ministra destacou a aplicação da nova lei de cotas,
aprovada com apoio do Ministério da Igualdade Racial e do Ministério dos Povos
Indígenas. "A gente está muito feliz esse ano porque, nessa edição, a
gente está podendo aplicar a nova lei de cotas", afirmou Dweck.
O percentual de reserva de vagas foi ampliado de 20% para 30%,
e foram incluídas cotas específicas para quilombolas e indígenas, além
das já existentes para pessoas com deficiência e pessoas negras.
Para pessoas com deficiência, a reserva se mantém em 5%,
enquanto para pessoas negras, o percentual aumentou de 20% para 25%.
Os 5% restantes são divididos em 3% para indígenas e 2%
para quilombolas, marcando a primeira vez que essas etnias terão reserva de
vagas.
Medidas de Equiparação e Diálogo com o MPF
A ministra também abordou a política de equiparação de
gênero, inspirada na experiência do Ministério das Relações Exteriores em
seu concurso para diplomatas.
Essa medida visa corrigir a disparidade observada na
primeira edição do CNU, onde 56% dos inscritos eram mulheres, mas menos de 40%
foram aprovadas na fase final, com uma queda significativa na transição da
prova objetiva para a segunda fase.
Dweck explicou que, se as mulheres não representarem no
mínimo metade dos aprovados para a segunda fase, "a gente vai chamar
mulheres para completar e elas estarem em mesma quantidade que homens em todas
as especialidades, em todas as modalidades".
A nota final, que inclui objetiva, discursiva e títulos,
continua sendo o critério de ranqueamento.
Sobre as ações do Ministério Público Federal (MPF)
questionando o edital, a ministra reiterou o diálogo contínuo.
Ela esclareceu que o Ministério ainda não foi notificado de
uma das ações e que os questionamentos não impedem a continuidade do processo.
A ministra defendeu as bancas de heteroidentificação,
afirmando que foram desenvolvidas com especialistas e que 82% dos
autodeclarados no CNU 1 tiveram sua autodeclaração confirmada, resultando
em 24% de pessoas negras aprovadas, acima do percentual inicial.
Uma mudança importante para o CNU 2 é que, se houver dúvida
plausível na autodeclaração (confirmada por pelo menos um membro da banca
original e um da banca de recurso), a pessoa será confirmada.
Além disso, quem não comparecer à banca de
heteroidentificação não será eliminado do concurso, mas seguirá na ampla
concorrência.
Inovação do Sorteio de Vagas e Desafios Futuros
A ministra explicou a "grande inovação" do sorteio
de vagas, que ela classificou como uma ampliação da política de cotas.
Essa medida é fruto da nova lei, que determina a aplicação
de cotas para concursos com pelo menos duas vagas.
Dweck deu o exemplo de 40 vagas de médicos no CNU 2, que,
por serem para especialidades únicas, não teriam cotas aplicadas
individualmente.
Com o sorteio, 35% dessas 40 vagas (14 vagas) foram
destinadas a cotas, sendo 9 para pessoas negras, 3 para pessoas com
deficiência, 2 para indígenas e 1 para quilombola.
No total, 169 vagas que seriam consideradas de
especialidade única e, portanto, sem cotas, agora terão a aplicação da lei
devido ao sorteio. "Isso é uma grande inovação que veio na lei. A gente
fez a regulamentação dele e aplicou nesse concurso", ressaltou.
Em relação às "soft skills" e à mentalidade
digital, a ministra afirmou que, embora a intenção seja ter servidores com essa
mentalidade, ainda é cedo para avaliar o impacto da primeira edição.
Ela reconheceu a dificuldade de medir essas habilidades
subjetivas em provas de concurso, mas mencionou que o aumento de questões
discursivas já é um avanço.
A busca por essas habilidades será aprofundada em discussões e parcerias internacionais, visando métodos que garantam a isonomia e a integridade do certame.
No entanto, a formação dessas habilidades será incentivada
nos cursos de formação e no dia a dia dos novos servidores.
CNU de dois em dois anos
Questionada sobre a transformação do CNU em uma política
de Estado, Esther Dweck confirmou que o governo está trabalhando para isso.
A Enap, que agora assumiu a execução do concurso em parceria
com o Ministério, será fundamental para a permanência da política.
A visão é que o CNU se torne bianual, realizando concursos
com menos vagas, mas de forma mais frequente, para evitar grandes déficits e
choques de gerações no serviço público.
A ministra enfatizou que a atual reposição de servidores
está muito abaixo da quantidade de aposentadorias, que somaram mais de
240 mil entre 2010 e 2023, com previsão de mais 180 mil nos próximos 10 anos.
"A gente está repondo muito abaixo da quantidade de gente que saiu",
pontuou.
Dweck garantiu que, mesmo com a retomada dos concursos e a
negociação salarial, o gasto com pessoal no Executivo Federal se manterá
estável em relação ao PIB, assegurando a responsabilidade fiscal e a prestação
de serviços essenciais à população.
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🗓️ Cronograma CNU 2025
📥 Inscrições: 02 a 20/07/2025
💳 Pagamento da taxa: até 21/07/2025
📝 Solicitação de isenção da taxa: 02 a 08/07/2025
🧠 Prova objetiva: 05/10/2025 (vespertino)
📢 Resultado da objetiva + convocação para a discursiva: 12/11/2025
📚 Envio de títulos: 13 a 19/11/2025
✍️ Prova discursiva: 07/12/2025 (vespertino)
🧾 Confirmação de cotas: 30/11 a 08/12/2025
📈 Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/01/2026
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