CNU 2025: Enap definida como responsável pela execução do Concurso Nacional Unificado
O Governo Federal publicou nesta quarta-feira, 25 de junho, o Decreto nº 12.526, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atualiza a estrutura de governança do Concurso Nacional Unificado (CNU).
A nova normativa formaliza a Escola Nacional de Administração
Pública (Enap) como a instituição responsável pela execução do certame a partir
de sua segunda edição.
Enap Assume Execução do CNU
A Enap, que já integrava a Comissão de Governança do CNU, assume agora um papel central como promotora do concurso. Isso significa que a entidade terá a gestão integral de todo o processo, abrangendo desde o recebimento das inscrições até o acompanhamento das etapas e a crucial divulgação dos resultados.
Pra que a transição de responsabilidades aconteça, está
prevista a substituição do MGI pela Enap no contrato com a Fundação Getulio
Vargas (FGV).
Com essa medida, a Enap assumirá formalmente as
atribuições que antes eram do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos (MGI) na organização do concurso.
Papel do MGI na Supervisão
Apesar da nova atribuição da Enap, o MGI mantém um papel ativo e fundamental no acompanhamento de todas as ações executadas pela Escola Nacional de Administração Pública no âmbito do CNU.
O Ministério terá a prerrogativa de adotar medidas corretivas sempre que necessário e de propor ações que visem garantir a continuidade e a integridade do certame.
Essa supervisão se torna ainda mais relevante em situações que possam comprometer o andamento regular do processo, atuando sempre em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos na governança.
Essa configuração aprimora a
institucionalidade do CNU e incorpora, de forma permanente, os apoios que
foram mobilizados durante a primeira edição do concurso.
Ampliação da Comissão de Governança
Outra modificação significativa introduzida pelo Decreto nº 12.526/2025 refere-se à composição da Comissão de Governança do CNU.
Anteriormente composta por seis membros – MGI, Advocacia-Geral da União (AGU), Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Enap –, o colegiado agora passa a incluir dois novos integrantes de peso: a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Com a adição dessas
pastas, a comissão totaliza oito membros, ampliando significativamente sua
capacidade técnica e institucional para o acompanhamento e a supervisão da
execução do concurso.
Coordenação de Grupos Técnicos Operacionais
O decreto também estabelece clareza sobre a coordenação dos grupos técnicos operacionais. Anteriormente, a criação desses grupos era prevista pela Comissão de Governança com a missão de cuidar da parte técnica e prática do certame, mas não havia especificação sobre quem os coordenaria.
Com a atualização, fica definido que a coordenação de cada grupo técnico operacional será exercida por um dos órgãos ou entidades integrantes da Comissão de Governança, conforme designação específica.
Inclusão de Curso de Formação no CNU 2025
Para o CNU 2025, a segunda edição do Concurso Nacional Unificado, uma novidade é a inclusão de duas novas carreiras transversais que exigirão Curso de Formação: Analista Técnico de Justiça e Defesa (ATJD) e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (ATDS).
O novo decreto formaliza que a Enap será a responsável por organizar e executar o Curso de Formação para esses cargos. O Curso de Formação, etapa comum em alguns concursos públicos, possui seu próprio edital e é de caráter eliminatório e classificatório.
Nele, os aprovados passam por uma preparação prática e teórica para desenvolver competências técnicas, habilidades gerenciais e visão estratégica essenciais para os cargos.
Durante esse período, os convocados recebem 50% do salário inicial do cargo, com a opção de manter a remuneração atual para aqueles que já são servidores públicos.
O MGI, por sua vez,
acompanhará as atividades, definirá metodologias e proporá melhorias no Curso
de Formação, atuando para garantir a integridade da execução.
Comparativo: Como Era e Como Ficou a Governança do CNU
Aspecto |
Decreto nº 11.722/2023 |
Decreto nº 12.526/2025 |
Composição da Comissão de Governança |
Seis membros: MGI, AGU, Secom, Inep, Ipea e Enap. |
Inclusão de dois novos membros: ABIN e Ministério da
Justiça e Segurança Pública, totalizando oito integrantes. |
Coordenação dos Grupos Técnicos Operacionais |
A criação é prevista, mas não especifica quem os coordena. |
Define que um dos órgãos da Comissão de Governança
exercerá a coordenação de cada grupo técnico, conforme designação específica. |
Execução do CPNU |
A Enap integra a Comissão de Governança e participa do
processo, mas não é formalmente responsável pela execução do CPNU. |
Enap passa a ser responsável pela execução do CPNU, exceto
pela primeira edição (ainda em andamento). |
Papel do MGI na execução |
Coordena a Comissão de Governança e o processo de adesão. |
Ganha papel mais ativo: acompanha a atuação da Enap, pode
determinar correções e adotar medidas para garantir a continuidade e
integridade do concurso. |
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