Balanço oficial da prova discursiva do CNU 2 registra 20% de abstenção e confirma aplicação em 228 cidades
Balanço geral da aplicação da prova discursiva
A segunda etapa do Concurso Nacional Unificado (CNU 2),
realizada neste domingo (7/12), registrou comparecimento de 80% dos convocados
para a prova discursiva.
Dos 42.715 candidatos habilitados, 8.508 não compareceram, o
que corresponde a 20% de abstenção.
O índice é inferior ao registrado na primeira fase, em
setembro, quando a taxa foi de 42,8%.
O balanço foi apresentado pela ministra da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, durante coletiva na Escola
Nacional de Administração Pública (Enap).
Ela informou que a prova foi aplicada em todos os 228
municípios previstos e destinada ao preenchimento de 3.652 vagas distribuídas
em 32 órgãos da administração pública federal.
A ministra destacou que o dia de aplicação transcorreu sem
ocorrências, com monitoramento contínuo realizado pelo Centro Integrado de
Comando e Controle Nacional (CICCN).
Segundo ela, “foi tudo muito tranquilo. Tivemos um dia
totalmente sem intercorrências. As provas chegaram a todos os locais sem
nenhuma ocorrência”.
O acompanhamento contou com equipes da Polícia Rodoviária
Federal, representantes estaduais e órgãos federais responsáveis pela operação.
Abstenção e comparação com a primeira etapa
O índice de 20% de ausências é considerado esperado para
concursos compostos por duas fases.
Em comparação com a etapa objetiva, realizada em setembro,
houve queda expressiva na abstenção.
À época, o percentual chegou a 42,8%. Para o governo, o
resultado indica estabilidade operacional e adesão à nova estrutura do certame.
Esther Dweck afirmou que o número também é menor do que o
registrado no CNU 1, reforçando a consolidação do modelo. A ministra avaliou
que a combinação entre planejamento, segurança integrada e cobertura logística
explica a regularidade da operação.
Modelo e estrutura do concurso
Na coletiva, a ministra afirmou que o concurso se consolidou
como instrumento estruturado de recomposição da força de trabalho do Estado.
Segundo ela, o CNU integra o esforço da administração
pública para fortalecer serviços essenciais, reconstruir capacidades
institucionais e ampliar a presença estatal.
Ela destacou que “o CNU deixou de ser apenas uma inovação”,
afirmando que o modelo tem papel central na reorganização de equipes e na
reestruturação das políticas públicas.
Dweck afirmou que havia carência de profissionais e
limitações operacionais que afetavam a execução de políticas públicas.
Segundo ela, o MGI foi criado para retomar essas
capacidades. Ela mencionou estudo da OCDE indicando avanço na confiança da
população nos serviços públicos, que passou de 26% em 2022 para 38% em 2025.
Política afirmativa e participação de mulheres
A coletiva também detalhou o impacto da política afirmativa
adotada para ampliar a participação feminina na segunda fase.
Dos 42.499 convocados para a prova discursiva, 57,12% são
mulheres. Sem a aplicação da regra de equiparação, a proporção seria invertida,
com maioria masculina.
A ministra exemplificou o efeito da política no cargo de
Analista Técnico de Justiça e Defesa, do bloco 7.
Antes da equiparação, 1.490 homens haviam alcançado a
classificação para a segunda fase, contra 888 mulheres.
Após a aplicação da regra, foram chamadas mulheres
adicionais até atingir proporção de 50% para cada gênero, o que resultou na
inclusão de mais de 500 mulheres.
A equiparação só é aplicada quando há predominância
masculina; em áreas com maior presença feminina, não há alteração das listas.
Dados gerais de cotas e participação regional
Entre os convocados para a etapa discursiva, foram
contabilizadas 14.600 pessoas negras, 634 indígenas, 616 quilombolas e 4.198
pessoas com deficiência.
Em todos os grupos, o percentual de participação superou a
reserva prevista em edital. A ministra informou também que candidatos de quase
5 mil municípios estiveram representados no processo, com aplicação em todos os
228 locais definidos.
Resultados do CNU 1 e projeções de ingresso
A ministra apresentou ainda dados relativos à primeira
edição do concurso. Segundo ela, todas as 6.640 vagas foram providas, incluindo
chamadas adicionais. Dweck informou a recente convocação de mais de duas mil
pessoas do cadastro de reserva. Ao somar as duas edições do CNU e outros
concursos autorizados, a administração pública federal deve registrar cerca de
22 mil ingressos entre 2023 e 2026. O número não inclui vagas de universidades
e institutos federais.
Próximos passos para os candidatos
Com a realização da prova discursiva, o cronograma oficial
do concurso prevê a continuidade das etapas de avaliação e homologação.
Procedimentos complementares de dezembro de 2025
- Caracterização
da deficiência: 08 a 17/12/2025
- Confirmação/verificação
complementar da autodeclaração para pessoas negras, indígenas e
quilombolas: 08 a 17/12/2025
Etapas de janeiro de 2026
- Resultado
preliminar da Avaliação de Títulos: 08/01/2026
- Recursos
da Avaliação de Títulos: 09 a 12/01/2026
- Resultados
preliminares da avaliação da autodeclaração e da caracterização da
deficiência: 15/01/2026
- Recursos
da autodeclaração e da caracterização da deficiência: 16 a 19/01/2026
- Divulgação
da nota preliminar da discursiva e disponibilização do espelho de
correção: 23/01/2026
- Pedidos
de revisão das notas da discursiva: 26/01 a 27/01/2026
Etapas de fevereiro de 2026
- Resultado
dos pedidos de revisão das notas de títulos e resultado definitivo da
verificação documental: 18/02/2026
- Previsão
de divulgação das listas de classificação (vagas imediatas e lista de
espera): 20/02/2026
- 1ª
convocação para confirmação de interesse: 20/02/2026
- Período
da inscrição da 1ª confirmação de interesse: 21 a 23/02/2026
- Previsão
das listas pós-confirmação da 1ª chamada: 27/02/2026
- 2ª
convocação para confirmação de interesse: 27/02/2026
- Período
da 2ª confirmação de interesse: 28/02 a 02/03/2026
Etapas de março de 2026
- Previsão
das listas pós-2ª chamada: 06/03/2026
- 3ª
convocação para confirmação de interesse: 06/03/2026
- Período
da 3ª confirmação de interesse: 07 a 09/03/2026
- Previsão
das listas pós-3ª chamada: 16/03/2026
- Início
das convocações para nomeação e fases específicas (Investigação Social e
Funcional, Defesa de Memorial, Prova Oral, Curso ou Programa de Formação):
16/03/2026
Etapas de abril de 2026
- Prazo para envio da documentação da Defesa de Memorial e Prova Oral (Edital MS nº 01/2025): 06 a 10/04/2026
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Nossa Aluna | Milena | Aprovada | Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) | CNU
