CNU 2025: reunião entre Lula e ministra da Gestão pode definir detalhes da segunda edição
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma reunião nesta segunda-feira (22), às 16h, com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck.
O encontro, registrado na agenda oficial do presidente,
ocorre em meio às expectativas sobre o Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025,
cuja realização já foi confirmada pelo governo.
Embora o conteúdo da pauta não tenha sido divulgado
oficialmente, nos bastidores, há especulação de que a nova edição do CNU foi um dos temas centrais da reunião.
A previsão é de que um anúncio oficial com informações detalhadas sobre o concurso ocorra ainda nesta semana.
CNU 2º Edição
A segunda edição do Enem dos Concursos, prevista para 2025, trará mudanças significativas em relação à sua primeira versão.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) confirmou que, diferentemente do certame anterior, o próximo concurso será regido por um único edital, que englobará todos os blocos temáticos, centralizando as regras, normas e diretrizes em um só documento.
A expectativa é de que esse modelo proporcione maior clareza e organização para os candidatos.
A nova edição do CNU terá provas previstas para setembro ou outubro de 2025. O calendário exato ainda será definido após a escolha da banca organizadora, cujo Termo de Referência está em fase final de elaboração e será divulgado em abril.
As inscrições devem ser abertas no primeiro semestre, com a homologação dos resultados prevista para junho de 2026.
Fim dos “sem bolinha”
Entre as principais mudanças no processo seletivo está o fim do sistema de identificação por “bolinha”, utilizado na primeira edição.
Esse método gerou controvérsias e atrasos na divulgação dos resultados, após a eliminação de candidatos que não preencheram corretamente o campo de identificação no cartão de respostas.
Em 2025, a identificação dos candidatos será feita por meio de códigos de barras nos cadernos de prova, como forma de evitar equívocos semelhantes.
“O código de barras não traz o nome ou número de inscrição do candidato, mas permite à máquina identificar a prova com segurança e agilidade”, explicou a ministra da Gestão, Esther Dweck.
A expectativa é que a nova tecnologia contribua para um processo de correção mais rápido e seguro.
Participação das mulheres no CNU
Outro ponto de atenção para a segunda edição do CNU é a subrepresentação feminina nas carreiras estratégicas da administração federal.
Embora as mulheres tenham sido maioria entre os inscritos no CNU 2024, elas representaram minoria entre os aprovados.
Diante desse cenário, o Ministério da Gestão estuda medidas para promover maior equidade de gênero.
Entre as propostas em avaliação estão ações afirmativas semelhantes às adotadas pelo Ministério das Relações Exteriores, que concedeu bonificação a mulheres nas etapas iniciais do concurso para a carreira de diplomata.
Além disso, o governo pretende incentivar a participação feminina em áreas tradicionalmente ocupadas por homens, como tecnologia e infraestrutura, por meio de programas de mentoria.
Está prevista ainda uma campanha de comunicação voltada especificamente às candidatas, com o objetivo de destacar trajetórias de servidoras públicas bem-sucedidas.
Nova banca?
Outra possível mudança é em relação à banca organizadora. Na primeira edição, a Fundação Cesgranrio foi a responsável pelo certame.
Em 2025, no entanto, o MGI estuda a possibilidade de contratar uma nova empresa.
O processo de seleção será feito por meio de um Chamamento Público, com base no Termo de Referência que será publicado até o fim de abril. A definição da banca ocorrerá apenas após esse processo.
Novas carreiras: ATDS e ATJD
A segunda edição do CNU também contará com a inclusão de novas carreiras transversais.
Estão confirmadas as criações das carreiras de Analista Técnico de Justiça e Defesa (ATJD) e de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (ATDS).
A primeira estará voltada à formulação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas na área jurídica e institucional.
Já a segunda terá atuação focada em políticas transversais de desenvolvimento econômico, social e territorial.
Ambas serão ofertadas em órgãos da administração pública federal e exigirão nível superior.
Cada uma conta com 750 novas vagas criadas, com salário inicial de R$ 9.711,00, com progressão até R$ 21.070,00, e estão vinculadas ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), já que terão exercício em diversos órgãos da administração pública federal direta.
Quantidade vagas no CNU 2
A estimativa é que o CNU 2025 oferte até 3.500 vagas, contemplando cargos de níveis médio e superior.
Diversos órgãos federais já manifestaram interesse em participar da nova edição.
Entre eles, estão a Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), a Biblioteca Nacional, o Ministério do Desenvolvimento Regional, o Ministério da Saúde, o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), o Ministério da Fazenda, a Fundação Cultural Palmares (FCP), a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e o próprio Ministério da Gestão.
O certame manterá a estrutura de múltiplas fases, incluindo prova objetiva, prova discursiva, avaliação de títulos e, em alguns casos, curso de formação.
“CNU veio para ficar”, afirmou Dweck
Devido às restrições legais impostas pela legislação eleitoral, não haverá uma terceira edição do Concurso Nacional Unificado em 2026.
Conforme explicou a ministra, a realização de concursos públicos durante o processo eleitoral é limitada para evitar qualquer interferência política nas seleções. “O CPNU é uma política que veio para ficar, mas temos que respeitar as regras do processo democrático”, afirmou.
O governo federal reforça que o modelo unificado seguirá como uma política estruturante de seleção de servidores federais, promovendo maior eficiência e transparência na gestão de concursos públicos.
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